Como equilibrar velocidade, qualidade e inovação na gestão de produtos.

Descubra os desafios da gestão de produtos digitais com insights de Adriano Freire, VP of Products. Saiba como equilibrar qualidade, velocidade e inovação.

Como equilibrar velocidade, qualidade e inovação na gestão de produtos.

Adriano Freire

VP of Products | Startup Advisor | Innovation | Business Development

No estudo State of Digital Products, buscamos entender os desafios e as melhores práticas na gestão de produtos digitais. Para isso, coletamos respostas detalhadas de profissionais da área e aprofundamos o tema em entrevistas. Um desses bate-papos foi com Adriano Freire, VP of Products, que compartilhou sua visão sobre equilíbrio entre qualidade e velocidade, gestão de mudanças e o papel da inovação no desenvolvimento de software.

Aqui estão os principais insights dessa conversa.

O equilíbrio entre evolução e encantamento do cliente

Adriano destacou que um dos maiores desafios na liderança de produtos é conciliar a evolução contínua com a necessidade de entregar valor real para os clientes.

  • Em startups e empresas escaláveis, o foco está em garantir que cada nova entrega melhore a experiência do usuário, sem perder o ritmo de inovação.
  • Encontrar um oceano azul (nichos inexplorados de mercado) é um objetivo constante, mas exige estratégia para não comprometer a entrega de valor atual.
  • O perigo do MVP que nunca evolui: um produto mínimo viável que deveria ser um primeiro passo acaba virando o produto final, acumulando débitos técnicos e funcionais ao longo do tempo.

A solução? Planejamento bem alinhado, priorização e um roadmap que leve em conta não apenas o que é mínimo, mas o que realmente cria impacto.

Como evitar silos e melhorar a comunicação entre times

Silos organizacionais são um problema clássico em qualquer empresa de tecnologia. Adriano compartilhou estratégias que têm funcionado:

  • Sessões interdisciplinares entre diferentes tribos e squads ajudam a manter o alinhamento e evitar retrabalho.
  • Product Ops como área estratégica: essa estrutura interna apoia a comunicação e a gestão de demandas entre os times, evitando desalinhamentos entre produto, engenharia, vendas e suporte.
  • Feedback constante de outras áreas: CS, vendas e suporte são fundamentais para fornecer insights sobre como os produtos podem evoluir com base na experiência real dos usuários.

A comunicação clara entre equipes não apenas reduz ruídos internos, mas também acelera a tomada de decisão e a implementação de melhorias.

O dilema velocidade vs. qualidade no desenvolvimento de software

Todo time de produto já enfrentou essa escolha: entregar rápido ou entregar bem? Adriano trouxe um olhar pragmático sobre esse dilema:

  • O roadmap é a bússola: ter um plano bem estruturado evita que demandas urgentes desviem o time do foco principal.
  • 20% da sprint reservada para imprevistos: bugs, incidentes e débitos técnicos são inevitáveis. Separar um espaço fixo na sprint para resolvê-los evita sobrecarga e garante maior estabilidade ao longo do tempo.
  • Mudanças de prioridade são sempre avaliadas internamente antes de qualquer decisão ser tomada, garantindo que o impacto seja bem compreendido por toda a empresa.

“Mudar prioridades pode significar não entregar algo”, destacou Adriano. Ou seja, cada ajuste tem um custo e precisa ser bem planejado.

Entregas dentro do prazo e do orçamento: estratégia e transparência

Quando falamos em projetos de tecnologia, cumprir prazos e orçamentos pode ser um desafio. Adriano trouxe algumas práticas essenciais para manter previsibilidade:

  • Planejamento detalhado e reuniões regulares para garantir que toda a equipe esteja alinhada e comprometida com as entregas.
  • Comunicação clara com stakeholders, definindo expectativas realistas desde o início.
  • Flexibilidade nas metodologias, permitindo que cada squad escolha entre Scrum e Kanban, dependendo do que funciona melhor para o time.

Mais do que seguir metodologias de forma rígida, o segredo está em criar processos que realmente funcionem na prática.

O papel da tecnologia low-code e no-code

Adriano mencionou que ainda não trabalhou diretamente com no-code ou low-code, mas reconhece o potencial dessas tecnologias para acelerar o desenvolvimento. No entanto, como VP de Produtos, ele reforça a importância de garantir que essas soluções se integrem bem ao restante do ecossistema da empresa, evitando dependências futuras.

As habilidades essenciais em um profissional de produto

Ao contratar novos talentos para sua equipe, Adriano busca profissionais com habilidades bem definidas:

  • Orientação a dados: saber interpretar métricas e usá-las para tomar decisões estratégicas.
  • Criatividade: enxergar oportunidades e transformar desafios em soluções inovadoras.
  • Capacidade de traduzir dores em oportunidades: entender o problema real do cliente antes de propor qualquer solução.

A combinação dessas habilidades cria times mais estratégicos, capazes de entregar produtos que realmente fazem a diferença.

Conclusão: um olhar estratégico para produtos digitais

Nossa conversa com Adriano Freire trouxe insights valiosos sobre como escalar produtos digitais sem perder a qualidade. As principais lições incluem:

  • Equilibrar evolução do produto e encantamento do cliente.
  • Criar um roadmap que previna mudanças de escopo desnecessárias.
  • Investir em comunicação entre times para evitar silos.
  • Garantir previsibilidade nas entregas com planejamento detalhado.
  • Adotar metodologias de forma flexível, ajustando ao contexto do time.

No fim das contas, o segredo está em encontrar um modelo que funcione na prática e não apenas no papel.

Se quiser mais insights como esses, acesse o estudo completo:

www.flowcode.cc/state-of-digital-products

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